terça-feira, outubro 31, 2006

Já não há pachorra!

Considerações a ter em conta na questão do aborto














Não há mulher nenhuma que seja normal que aborte por prazer.

Não há nenhuma sociedade sadia que aplique a pena de morte por prazer.

A decisão de liberalizar o aborto, permitindo-o sempre que haja a vontade da mulher nesse sentido, obrigará, muito naturalmente a que o conceito “defesa intransigente da vida humana e do seu valor intrínseco” seja revisto. Ou seja a partir do momento que aceitemos que eventualmente existirão valores mais preponderantes que o valor da vida, essa visão terá que alargar-se, necessariamente e a bem da coerência moral e intelectual, ao suicídio, à eutanásia e até mesmo em relação à pena de morte.

Considero que a todos os seres humanos, em pleno gozo das suas faculdades intelectuais, é intrínseco o direito de dispor da sua própria vida, nomeadamente o de não a viver se considerar que não existam razões e argumentos para tal, e nesse sentido sou absolutamente a favor da eutanásia e aceito o suicídio.

Pessoalmente tenho muitas dúvidas em aceitar que seja legítimo que a sociedade, ou um ser humano individualmente considerado, possa decidir com eficácia sobre a vida ou morte de um ser humano que não ele próprio. Nesse sentido o aborto e a pena de morte merecem-me muitas reservas exactamente pelas mesmas razões.

A partir do momento em que um óvulo humano é fertilizado, com sucesso, por um espermatozoide humano, há vida e vida humana porque não pode haver outra coisa senão isso.

A questão do número de semanas é irrelevante. A vida existe a partir do momento que “é”, tenha essa vida dois minutos ou cinquenta anos.

No entanto, se à sociedade é dado o direito de se organizar, do ponto de vista jurídico-legal, tendo em conta o seu juízo em relação à pena de morte, que no fundo é a concessão ou não ao colectivo de decidir, perante determinadas circunstâncias, que a vida de alguém deve ser interrompida, considero que aos seres humanos, individualmente considerados, deverá assistir a mesma faculdade.

Quer num caso – aplicação da pena de morte – quer no outro – prática de aborto – estamos perante um assassínio. Um assassínio deliberado motivado por uma decisão, colectiva ou individual, ponderada, apenas distinto dos demais assassínios por um conjunto de atenuantes consideradas válidas pela moral vigente, atenuantes essas que implicam a não criminalização da sua prática.

Da mesma forma que não faz sentido condenar e prender uma sociedade inteira que decide, perante determinadas circunstâncias e à luz da moral vigente, aplicar a pena de morte, também não faz sentido condenar e prender uma pessoa que decide, perante determinadas circunstâncias e à luz da moral vigente, praticar um aborto.

Quer num caso quer no outro, em termos substantivos e filtradas as diferenças acessórias, estamos a falar de rigorosamente a mesma coisa – dispor de uma vida alheia.

O que esta questão do aborto nos deve suscitar não é uma análise das circunstâncias, mas sim uma reflexão profunda sobre qual o valor que atribuímos à vida humana à luz dos princípios de natureza moral que nos norteiam enquanto indivíduos e enquanto comunidade socialmente organizada e aceitarmos com coerência e apropriada frieza o resultado desse juízo.

Essa reflexão, tendo em conta o referendo que se aproxima e a sua natureza, pode e deve ser feita já, até porque qualquer que seja a nossa resposta ao mesmo, ela resulta da nossa análise íntima e individual tendo em conta as óbvias implicações colectivas, ou seja a nossa escolha representará, também, aquilo que nós expectamos que seja a resposta colectiva – a futura resposta da sociedade em que nos integramos – a um determinado problema.

segunda-feira, outubro 30, 2006

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - ART'IMAGEM - 30 OUTUBRO 2006


Teatro Art ´Imagem – “Fazer a Festa 2006”

Conferência de Imprensa – 30 Outubro 2006

“Quousque, tandem Catilina, abutere patienta nostra?”

“Até quando, Catilina, continuarás a abusar da nossa paciência?”

O Teatro Art´Imagem e o Festival “Fazer a Festa”

A companhia de Teatro Art´Imagem foi criada na cidade do Porto em Agosto de 1981. Desde Abril de 1982, tem organizado o Festival anual “Fazer a Festa” que é um dos eventos cénicos mais antigos e respeitados do ponto de vista cultural no nosso país.

Com as suas ininterruptas edições, já levou a cultura e as artes do palco a mais de 150.000 espectadores, sendo grande parte desse público crianças que têm o seu primeiro contacto com as artes nesse festival.

Já passou pelas mais importantes salas da cidade, assim como pelas suas ruas, praças e outros locais emblemáticos.

Entre portuguesas e estrangeiras, estiveram no festival, mais de 300 companhias, foram levados à cena mais de 1000 espectáculos e realizadas as estreias de alguns dos principais grupos nacionais.

É considerado um evento de manifesto interesse cultural pelo Ministério da Cultura e já galardoado com a medalha de ouro de mérito cultural da Câmara Municipal do Porto.

Este ano, completou a sua 25ª edição.

A EDIÇÃO DO “Fazer a Festa” 2006

A edição do Fazer a Festa 2006 começou a ser preparada em Outubro de 2005 pela direcção do Teatro Art´Imagem.

Em Fevereiro de 2006 foi garantido pelo município do Porto ao Teatro Art Imagem a concessão do subsidio no montante de € 20.000, 00 ( vinte mil euros ), para além da isenção de taxas pela utilização dos espaços e equipamentos camarários necessários.

Só após a garantia desse montante é que foram celebrados todos os contratos e assumidas todas as obrigações perante terceiros por parte do Teatro Art´Imagem, nomeadamente face a companhias de teatro, actores, técnicos e demais colaboradores, assim como face a fornecedores dos bens e serviços necessários para a realização do evento.

O Festival realizou-se de 5 a 14 de Maio e só em finais de Julho foi apresentado pela Câmara Municipal do Porto, o protocolo de concessão de apoios.

Nesse documento, continha a cláusula 3ª que no seu ponto 3º afirmava que seria condição para a atribuição do subsídio, que o apoiado se abstivesse de publicamente expressar criticas que colocassem em causa o bom nome e a imagem do Município.

Por entender que essa cláusula era contra os seus princípios e atentava contra a sua liberdade de expressão, a companhia de Teatro Art´Imagem assinou esse documento sob protesto quanto à citada cláusula.

Por essa razão a Câmara Municipal do Porto recusou-se a entregar à Companhia de Teatro Art´ Imagem o montante que anteriormente assegurara disponibilizar e que foi a razão para que a edição de 2006 do “Fazer a Festa” tenha sido levada avante.

Mais tarde, a Câmara Municipal levou a aprovação da concessão do apoio ao “Fazer a Festa” a votação na reunião de câmara, tendo sucedido algo inédito, em que pela primeira vez, a coligação de maioria, votou de forma diferente - mas naturalmente concertada - para que esse apoio fosse recusado.

Esclareça-se que esse protocolo mantinha a cláusula censória o que levou a que a oposição, em defesa dos valores democráticos e da liberdade de expressão, votasse contra como um gesto de repúdio pela forma como a maioria que governa a Câmara exerce o seu poder.

O que nos traz aqui hoje, a esta conferência da imprensa, tem a sua base na repulsa e luta contra a arrogância e o cercear da opinião própria de cada indivíduo.

O Teatro Art´Imagem, pela primeira vez em 25 anos, teve a participação financeira concedida pela Câmara Municipal do Porto recusada por não ter assinado um contrato com uma cláusula que pretendia limitar a sua liberdade de expressão.

O Teatro Art´Imagem assumiu compromissos perante terceiros porque a Câmara Municipal do Porto garantiu, antecipadamente à realização do Festival Fazer a Festa”, edição de 2006, ao qual iria conceder o apoio idêntico ao prestado no ano de 2005.

Para um artista, a verdade e a sua voz é tão importante e irrenunciável como a sua arte. E por essa razão o Teatro Art´Imagem não assinou esse protocolo, mesmo sabendo-o contra a Lei, inconstitucional e nulo.

Mas o Teatro Art´Imagem não vende a sua dignidade por algum dinheiro, não será Judas para qualquer Pilatos que lava as suas mãos da cultura.

Com a actual política cultural, inexiste razão para a Cidade do Porto ter Vereador da cultura.

Se o objectivo – como demagogicamente se pretende fazer acreditar - é poupar, poupe-se num ordenado de vereador e dos seus assessores.

Quem vive no Porto sabe que desde que o Dr. Rui Rio atingiu o poder absoluto esta é uma cidade culturalmente morta.

E esse é o fim último de quem nos governa, pois o fomentar da ignorância e do desrespeito pela arte permite uma governação mais fácil ao despotismo e prepotência.

Como se viu no passado, a cultura é a arma mais eficaz contra o totalitarismo.

Hoje seria uma cláusula para tentar limitar a nossa Liberdade de expressão.

Amanhã seria a exigência de uma prévia aprovação, por um gabinete de censura na Câmara Municipal com os homens de confiança do presidente, de todos os trabalhos que iríamos levar a cena.

E por este andar, certamente um dia chegaríamos a ser obrigados a louvar o Dr. Rui Rio no prólogo de cada peça e a lhe dedicar um trabalho por temporada.

Esta Câmara Municipal tem medo da voz das pessoas.

É por isso que tentou fechar o Mercado do Bolhão no verão quando as notícias estão viradas para a praia.

Foi por isso que exige a que os jornalistas enviem previamente as suas questões por escrito.

É essa a razão para que a avenida dos aliados tenha sido esventrada e desfigurada a bel prazer e por vontade de um só, contra a opinião de qualquer um outro cidadão desta cidade.

É por isso que a revista municipal só tem fotografias das inaugurações e trabalhos hercúleos que o Dr. Rui Rio faz em prol da cidade.

É essa a razão pela qual o Rivoli foi invadido na calada da noite para se silenciar os manifestantes.

Foi por isso que se pretende impedir – através de uma cláusula juridicamente irrelevante, mas moralmente classificatória de quem a propõe – que alguém possa falar livremente.

Por isso é altura de dizer Basta!

É o momento de apelar a todos os Portuenses, os que nasceram e os que um dia se sentiram Portuenses, para nos apoiarem nesta luta.

É chegada a altura de uma mudança. Não podemos continuar divididos contra o totalitarismo. Estes ataques e estas ofensas que têm sido feitas insultam-nos a todos nós.

Iremos combater esta tirania nos locais próprios. Nos Tribunais e em todos os espaços onde a nossa voz se possa fazer ouvir. Em manifestações e tertúlias, em iniciativas culturais e na vigilância constante para que se saiba que chegou a hora desta cidade acordar.

Esta não é uma declaração política. É um gesto de cidadania.

Será que compensa mesmo?

domingo, outubro 29, 2006

Já editado em Portugal o último romance de Mário Vargas Llosa


Mário Vargas Llosa lançou mais um romance: “Travessuras de uma Menina Má

Sendo um dos meus escritores preferidos, é um excelente romancista, contista e ensaista.

“Quem matou Palomino Molero”, “Pantaleão e as Visitadoras” e – sobretudo – “A Festa do Chibo”, devem ser, na minha opinião, as portas de entrada para a sua extensa obra.

Para quem quiser saber mais: http://www.mvargasllosa.com


Balha-me nocha xenhora de fátima, comigo não che brinca!!!



Posted Monday, Nov. 4, 1946

Our Lisbon correspondent, Piero Saporiti, his wife, their belongings, and a lame dog, turned up in Paris a few weeks ago somewhat the worse for wear. They had been kicked out of Portugal because Dictator Antonio de Oliveira Salazar disapproved of TIME's July 22nd cover story about himself and his regime.The story has been a cause celebre in Portugal since the first copies of the July 22nd issue arrived there. The Government censor prohibited the distribution and sale of TIME, thus adding it to Portugal's long list of forbidden foreign publications. Police were ordered to confiscate all copies found in private hands and to record the names of their possessors.Customs guards were alerted to watch for incoming copies.These precautions did not prevent TIME subscribers from getting their copies of the July 22nd issue by mail. As the demand for TIME rose more copies were smuggled in. Their black market price reached the sum of 300 escudos ($12) a copy, and Portuguese paid as much as $2 to rent a copy for 24 hours. Portugal's clandestine anti-Fascist Committee typed translations of the Salazar piece for distribution. Meanwhile, the story was being widely quoted and reprinted in the European press. It was a typical TIME story which originated out of a query by TIME'S International and Foreign News editor asking the present state of the postwar political situation in Western Europe's oldest dictatorship. Percy Knauth, one of our most experienced European hands, was dispatched to Portugal to get the facts. Saporiti, who knows Portugal intimately, worked with him. Knauth mailed his voluminous, documented research to New York, and the story was written.
Its impact upon the Portuguese might have been less if they had been accustomed to the benefits of a free press. As it was, opinions about the Salazar cover ranged from extremes of approval to extremes of disapproval. Government officials and party supporters were "outraged" at its description of "another European dictatorship [that] had failed"; oppositionists felt that it should have been stronger. Middleof-the-roaders commented that the story had "really hit pretty much the nose."

On Aug. 2 7 th Saporiti, a 43-year-old Italian journalist who had worked in Lisbon for two years under a sojourn permit, was notified that he would have to leave Portugal by Sept. 3. When he tried to have the order rescinded, he was advised that something mi^ht be done if he would hand in his resignation as TIME correspondent for publication in Portugal's press.
Unable to get away by the deadline (or to reach our Paris office by telephone), Saporiti won a stay of expulsion until Oct. 3. About the middle of September he ostensibly booked passage on a Portuguese ship for France. On the morning of Oct. 3 he boarded a train bound for the French frontier. At the border a P.I.D.E. guard told him: "You haven't got an exit permit; so you can't continue." Displaying his expulsion document, Saporiti said: "What more of an exit visa could you want?" The guard went away; the Saporitis entered France.
Last week, we were notified that shipments of TIME into Portugal could be resumed. But the Salazar Government made no overtures for returning our correspondent to Lisbon.
Public scrutiny of the doings of politicians has been going on at least from the time of Plutarch, the Greek essayist-biographer, who wrote some 1,900 years ago: "Statesmen are not only liable to give an account of what they say and do in public, but there is busy inquiry made into their very meals, beds, marriages, and every other serious or sportive action."
For the time being — so far as the relationship of Portugal and the U.S. press is concerned — the custody of this kind of journalism is in the hands of Portuguese citizens, who are the representatives of the major U.S. press services in Lisbon.
Cordially,

sábado, outubro 28, 2006

...e se um dia, depois de morto...

Chico Buarque de Holanda















Chico Buarque inicia segunda-feira uma série de oito concertos nos Coliseus do Porto (de 30 a 1) e de Lisboa (de 3 a 7) para apresentar o seu novo disco

quinta-feira, outubro 26, 2006

They knew all about it :))))))

i N e X i S t Ê n C i A s

JanelasIndiscretas.com

quarta-feira, outubro 25, 2006

Porto...cinco anos depois

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A LIDERANÇA


"As pessoas, hoje, estão ansiosas não para encontrar o 'chefe astuto', mas, sim, o líder consequente e autêntico, pois sabem que apenas ele tem a clareza e a força para guiá-las pelo caminho correcto, evitando os 'atalhos fáceis' que afastam dos verdadeiros triunfos."

Peter Michael Senge

"Cometi certamente muitos erros tácticos na minha vida política, mas tenho como certo que nunca cometi nenhum estratégico."

Francisco Sá Carneiro

Comungo inteiramente da tese perfilhada por Henry Bergson, que um bom líder é aquele que age como um homem de pensamento e que pensa como um homem de acção, ou seja que a praxis estratégicos mas que os combates só se ganham com coragem, entendimento que nem sequer é novo e já há muito publicitado por Ssu-ma Fa. política de um líder deve ser caracterizada pela ponderação, pela coerência e pela objectividade, e que a reflexão prévia, que a ela conduz, deve ser dinâmica, atentando aos detalhes e pormenores, mas mentalmente disponível para o assumir dos riscos e tendo consciência absoluta da imponderabilidade dos cenários, fazendo como um qualquer bom jogador de xadrez ou como um general que se preze, que sabe sempre que a boa condução da guerra se faz pela gestão rigorosa dos recursos disponíveis e dos equilíbrios

Um bom líder, deve saber ser, em simultâneo, previsível e imprevisível. Previsível para os seus seguidores, que nele acreditam e nele depositam expectativas e esperanças. Imprevisível para os seus adversários, que nunca deverão, sequer, imaginar o seu próximo passo.

Um bom líder é aquele que para justificar opções utiliza, sem tibieza, a primeira pessoa do singular, e não se refugia na bruma opaca de expressões do género “a minha gente”.

Um bom líder deve inspirar intrinsecamente autoridade – não confundir com autoritarismo – e essa autoridade advém-lhe do exemplo que proporciona a quem o rodeia, do seu gosto pelo trabalho, pela obra produzida e pela coragem demonstrada.

Aproveitando a citação com que inicio o presente artigo, cujo o autor é reconhecido Peter Michael Senge, o líder tem que ser inteligente no discurso que faz a cerca do poder para que consiga ser sempre coerente, nas alturas em que o exerce ou se propõe a exercê-lo, ou seja, não pode andar a apregoar postulados e princípios e depois, na primeira oportunidade, deitar tudo a perder, ditando com isso a sua descredibilização pública e cometendo um fatal erro de estratégia.

Os grandes líderes - e posso exemplificar citando alguns: Augusto, Júlio César, Carlos Magno, Isabel I, D.João II, Luís XIV, Napoleão, Marquês de Pombal, Winston Churchill, Francisco Sá Carneiro – são aqueles que não se importam, por causa das suas convicções, em ficarem sós muitas vezes, numa espécie de pregação no deserto e até mesmo de perderem algumas batalhas. Às vezes, quantas vezes, a derrota é preferível à vitória sem honra, sem brio e sem dignidade. Uma vitória sem honra, sem brio e sem dignidade não serve ninguém e muito menos o alegado vencedor, se com a mesma o mesmo perder a alma.

terça-feira, outubro 24, 2006

As frases são jogos cujas peças são palavrasAs palavras são jogos cujas peças são letras

Ponte Hintze Ribeiro

segunda-feira, outubro 23, 2006

World Press Photo 06 e o 6º Prémio de Fotojornalismo da Revista Visão


A exposições World Press Photo 06 e o 6º Prémio de Fotojornalismo da Revista Visão, estarão patentes no Forum da Maia de 29 de Outubro a 19 de Novembro.

Entradas pagas.

domingo, outubro 22, 2006

Portodepressivo



O Porto, dita cidade capital do norte do País, urbe a que minha naturalidade periférica me condenou a amar, está mergulhada numa letargia depressiva, parecendo que a tristeza forte e rude do granito, lhe contaminou a alma, outrora quezilenta mas generosa, desconfiada mas aventureira.
O Porto de hoje é uma cidade de silêncios. Não porque não continuem a existir vozes, mas essas vozes não têm eco, essas vozes têm como interlocutora uma surdez arrogante que mais não é do que uma manta onde se agasalha e encobre a ignorância e a covardia.
Vozes sem eco, são silêncios de revolta em fermentação.
E o Porto, outrora cais de chegada, transformou-se numa cidade que morre lentamente porque se desertifica.
As pessoas, as gentes, causa e consequência da cidade, fogem.
Fica uma velha e triste burguesia, vinhateira, snob e degenerada, contentinha com o caudilho limitado, autoritário, inculto e cheio de medo que a sorte dele e o azar de muitos catapultou...até um dia.

Solicitação da Amnistia Internacional

Querido amigo,Querida amiga,
Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh son siete mujeres iraníes condenadas a morir lapidadas. Quizá no tengamos mucho tiempo para actuar.
La República Islámica de Irán trata el adulterio como un delito castigado con la pena de muerte por lapidación, violando el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, que garantiza el derecho a la vida y prohíbe la tortura.
Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh han sido injustamente condenadas a la pena más cruel, inhumana y degradante, la de la pena de muerte.
Pero aún estamos a tiempo de parar su ejecución. Sabemos que podemos contar contigo. No te quedes en silencio.
Alza tu voz para intentar salvarlas. Gracias por tu apoyo,
Esteban BeltránDirector - Amnistía Internacional

quarta-feira, outubro 18, 2006

19 de Outubro...



19 de Outubro...amanhã já não me vou lembrar, assarapantado, que fazias anos. Não te vou telefonar, brincando com a tua idade, recomendando-te o uso urgente de uma bengala. Amanhã já não vou ouvir as tuas gargalhadas. Só eu sei o quanto...só tu sabes o quanto...

A propósito dos iberistas

Uma das regras da Democracia é a liberdade de expressão. Sou absolutamente a favor da liberdade de expressão.

Usando-a, afirmo que considero todos aqueles ditos portugueses que pugnam pela união Ibérica uns traidores.

domingo, outubro 15, 2006

Plataforma digital sobre arte contemporânea de/em Portugal entre 1993 e 2003


Plataforma digital sobre arte contemporânea de/em Portugal entre 1993 e 2003
Anamnese é um projecto que visa a criação de uma plataforma de informação sobre as artes plásticas em Portugal e sobre a actividade dos artistas portugueses no contexto internacional na segunda metade do séc. XX, a partir de uma cronologia de eventos no período compreendido entre 1993 e 2003.
O objectivo fundamental do projecto é suprir a inexistência no nosso país de uma ferramenta de trabalho dirigida aos estudiosos e ao público em geral que conglomere a informação visual e escrita produzida pelos inúmeros indivíduos e instituições que activamente desenharam o perfil de um contexto em franco desenvolvimento…
…Anamnese vai desempenhar o papel de um mega-arquivo da actividade das instituições e dos artistas portugueses, onde o público poderá encontrar um acervo de informação cronologicamente ordenado…
Miguel von Hafe Perez”
(
www.anamnese.pt)

sexta-feira, outubro 13, 2006

A alegria dos tempos da Revolução...









Que felizes elas estavam com a Reforma Agrária...atentem na expressão de felicidade estampada nos respectivos rostos. Bons tempos, bons tempos...

quarta-feira, outubro 11, 2006

A imprensa na Maia nos finais do século XIX e inícios do século XX



Jesuitas aos tiros...


Uma "jiahd" católica, apostólica e romana novecentista...

MIT - PORTUGAL ASSINADO HOJE


Envolvendo um financiamento de 32 milhões de euros e sete universidades portuguesas, é hoje assinado com o Massachusetts Institute of Tecnology um protocolo que regula a parceria a estabelecer nas áreas da gestão e engenharia.Uma boa notícia que representa um indiscutível ganho qualitativo.

domingo, outubro 08, 2006

Dão-se alvíssaras...













Quem é esta senhora?
Que fazia ela, hoje, em Guimarães?
Que faz esta senhora?
Quem lhe paga e para que lhe pagam?

Alvíssaras a quem souber responder.

sábado, outubro 07, 2006

Algumas provas de Humanidade

quinta-feira, outubro 05, 2006

96 anos de República











A cinco de Outubro de 1910 um movimento de coligação entre republicanos, anarco-sindicalistas e baixas patentes militares, implantam a República em Porugal, terminando com a Dinastia de Bragança, seriamente abalada pelo regicídio de 1908, que ceifou a vida do Rei, D. Carlos I, e do Príncipe Herdeiro, D. Luís Filipe.
O regime sobreviviria ainda uns escassos dois anos, em que o trono foi ocupado por D. Manuel II, segundo filho do rei assassinado.
Os vencidos também devem ser recordados.
Viva Portugal.

quarta-feira, outubro 04, 2006

"Há sempre alguém que resiste..."











Nasceu há 100 anos o General Humberto Delgado, o "General Sem Medo".
Opositor assumido do Estado Novo, candidato presidencial,questionado sobre o que faria a António de Oliveira Salazar caso fosse eleito Presidente da República, assinou a sua sentença de morte ao afirmar "Obviamente demito-o!".
Seria assassinado, mais tarde, em solo espanhol, por uma brigada da PIDE/DGS.

terça-feira, outubro 03, 2006

Cinco pequenas considerações sobre o Poder














O poder.

O poder é um substantivo que tem em si mesmo a revelação da sua inutilidade.

O poder é uma quimera que estimula, é uma armadilha sedutora.

O poder consome energia, sentimentos e inocências.

O poder é uma plenitude imensa vazia.

O poder é o amante fidelíssimo da solidão.

12º Festival Internacional Cómico da Maia




















33 espectáculos, 32 companhias e grupos de Portugal, Espanha, Brasil, Inglaterra, Austrália, Dinamarca e Holanda, naquele que é o maior Festival de Teatro do género do País.
Doze anos de resistência...

domingo, outubro 01, 2006

BRASIL 2006




Não é preciso ser um génio da análise política para perceber porque razão Lula, apesar de todos escândalos ligados à corrupção, vai ganhar as eleições.
O que o Povão quer é comida nos seus pratos e nos pratos dos seus filhos. E faz muito bem em querer isso.
Lula “botou” comida no prato de cada um.
Viva LULA! Viva o “Povo Brasileiro”.
Os vodkas-caviar de todo o mundo que se fod.... !!!