segunda-feira, janeiro 22, 2007

Depoimento-dúvida do dia...

Morreu o Abbé Pierre




Henry Grouès (Abbé Pierre), nasceu em Lyon no dia 5 de Agosto de 1912 e faleceu a 22 de Janeiro de 2007.

Fundador da Comunidade Emmaüs foi um lutador pelos Direitos do Homem, estando sempre ao lado dos mais desfavorecidos económica e socialmente. Ajudou, muito especialmente, os sem-abrigo. Herói de guerra, membro da resistência, foi um exemplo de excelência sacerdotal e de humanidade.

"Je ne crois pas à Dieu. Je ne crois pas en Dieu. Je crois en Dieu Amour en dépit de tout ce qui semble le nier. C'est son Etre même d'être Amour, c'est sa substance. C'est pourquoi, je suis convaincu que le partage fondamental de l'humanité ne passe pas entre ceux que l'on dit croyants et ceux que l'on nomme ou qui se nomment eux-mêmes non-croyants. Il passe entre les "idolâtres de soi" et les "communiants", entre ceux qui devant la souffrance des autres se détournent et ceux qui luttent pour les libérer. Il passe entre ceux qui aiment et ceux qui refusent d'aimer."
(Mémoires d'un croyant / 1997)

"L'enfer, c'est les autres", écrivait Sartre. Je suis intimement convaincu du contraire. L'enfer, c'est soi-même coupé des autres. "Tu as vécu en te voulant suffisant. Suffis-toi !" A l'inverse le Paradis, c'est être en communion illimitée. C'est la joie du partage, de l'échange, baignés dans la lumière de Dieu."
(Mémoires d'un croyant / 1997)

"La vie éternelle ne commence pas après la mort." Elle commence maintenant, dans cette vie, dans le choix que nous faisons chaque jour de se suffire à soi-même ou de communier aux joies et aux peines des autres. Dieu n'aura pas à nous juger. Le jugement, ce sera cet instant de pleine lumière où chacun se verra tel qu'il s'est fait : suffisant ou communiant."
(Mémoires d'un croyant / 1997)

"Dieu n'est pas le Tout-puissant dominateur, c'est le Tout-puissant captif, captif des libertés qu'il crée à la cime du monde pour que le monde puisse culminer dans l'amour."
(Miettes de vie / 1999)

"Les blasphèmes qui montent en multitude de la terre ne sont pas lancés contre Dieu vrai, contre Dieu Amour. Ils sont lancés à la face des faux dieux, façonnés par les égoïsmes, les hypocrisies, les intérêts politiques. Le seul blasphème, c'est le blasphème contre l'amour"
(Mémoires d'un croyant / 1997)

"On ne possède vraiment que ce que l'on est capable de donner. Autrement on n'est pas le possesseur, on est le possédé."
(Dieu et les Hommes / 1993)

"Il n'y a que les hommes pour tuer un million d'entre eux pour la victoire d'un chef : des hommes qui ne se connaissent pas s'entre-tuent sur l'ordre de chefs qui se connaissent et ne s'entre-tuent pas, chefs qui signeront la paix en se serrant la main, un verre de champagne dans l'autre."
(Absolu / 1994)

sábado, janeiro 20, 2007

Breve apontamento de uma parede do quarto da minha filha...

sexta-feira, janeiro 19, 2007


quinta-feira, janeiro 18, 2007

Apontamento da História Universal

Infanto-senilidade...

terça-feira, janeiro 16, 2007

"O ORIENTALISTA" - mais uma recomendação literária

"Uma história prodigiosa, extremamente bem contada..."
(The New Yor Times)

"Um dos melhores livros de História de 2005"
(The Independent)

"Lev Nussimbaum, um judeu que se transformou num príncipe muçulmano e num autor de renome na Alemanha nazi, fugiu à Revolução Russa numa cáfila e, sob os pseudónimos de Essad Bey e de Kurban Said..."

segunda-feira, janeiro 15, 2007

“Senhor dos Senhores, mas não servo dos servos”.










D. João II (1455-1495 – reinando a partir de 1481), o Príncipe Perfeito, ou o “Homem” como lhe chamava Isabel, a Católica, foi um homem fascinante, quer do ponto de vista pessoal quer como político.

Sofreu como ninguém a solidão do poder, agindo sempre com determinação – e muitas vezes com impiedade – consolidando o poder régio, destruindo privilégios antigos da nobreza, aproximando-se habilmente do povo, sendo o percursor do chamado “absolutismo”.

Usando todos os meios, desde a violência à diplomacia, prepara Portugal para a constituição do seu Império.

Cultor do segredo, profundo conhecedor da natureza humana, penalizado por vários e tremendos desgostos, representa para mim o Poder quando sinónimo de dignidade.

Nesta demanda do melhor português de sempre, que é um exercício com alguma piada, é El Rei Dom João II que leva o meu voto.

“Senhor dos Senhores, mas não servo dos servos”.

«Foi el-rei D.João homem de corpo, mais grande que pequeno, mui bem feito e em todos os seus membros mui proporcionado; teve o rosto mais comprido que redondo e de barba em boa conveniência povoado. Teve os cabelos da cabeça castanhos e corredios e porém em idade de trinta e sete anos na cabeça e na barba era já mui cão, de que se mostrava receber grande contentamento pela muita autoridade que à sua dignidade real suas cãs acrescentavam; e os olhos de perfeita vista e às vezes mostrava nos brancos deles umas veias e mágoas de sangue, com que nas coisas de sanha, quando era dela tocado, lhe faziam aspecto mui temeroso. E porém nas coisas de honra, prazer e gasalhado, mui alegre e de mui real e excelente graça; o nariz teve um pouco comprido e derrubado. Era em tudo mui alvo, salvo no rosto, que era corado em boa maneira. E até idade de trinta anos foi mui enxuto das carnes e depois foi nelas mais revolto. Foi príncipe de maravilhoso engenho e subida agudeza e mui místico para todas as coisas; e a confiança grande que disso tinha muitas vezes lhe fazia confiar mais de seu saber e creu conselhos de outrem menos do que devia. Foi de mui viva e esperta memória e teve o juízo claro e profundo; e porém suas sentenças e falas que inventava e dizia tinham sempre na invenção mais de verdade, agudeza e autoridade que de doçura nem elegância nas palavras, cuja pronunciação foi vagarosa, entoada algum tanto pelos narizes, que lhe tirava alguma graça. Foi rei de mui alto, esforçado e sofrido coração, que lhe fazia suspirar por grandes e estranhas empresas, pelo qual, conquanto seu corpo pessoalmente em seus reinos andasse para as bem reger como fazia, porém seu espírito sempre andava fora deles, com desejo de os acrescentar. Foi príncipe mui justo e mui amigo de justiça e nas execuções dela mais rigoroso e severo que piedoso, porque, sem alguma excepção de pessoas de baixa e alta condições, foi dela mui inteiro executor, cuja vara e leis nunca tirou de sua própria seda, para assentar nela sua vontade nem apetites, porque as leis que a seus vassalos condenavam nunca quis que a si mesmo absolvessem.»

(Crónica de D. João II, Rui de Pina)

Sítio interessante...e que dá "pano para muita manga"


Poucos escritores me marcaram tanto como Ernest Hemingway. Foi o "meu" escritor do fim da adolescência. Verdadeiro príncipe entre barões da chamada geração perdida (assim denominados por G Stein), onde pontificaram autores como Faulkner, Dos Passos e Fitzgerald, entre outros, marcou, até ao fim da minha existência, a minha forma de ver o mundo, aperceber-me da precaridade da vida...e de muitas outras coisas.

Os seus livros:

1923 Three Stories and Ten Poems (Short Stories)

1925 In Our Time (Short Stories)

1926 The Torrents of Spring (Novel)

1926 The Sun Also Rises (Novel)

1927 Men Without Women (Short Stories)

1929 A Farewell to Arms (Novel)

1930 The Fifth Column and the First Forty-Nine Stories (Short Stories)

1932 Death in the Afternoon (Novel)

1933 Winner take Nothing (Short Stories)

1935 Green Hills of Africa (Novel)

1937 To Have and Have Not (Novel)

1940 For Whom the Bell Tolls (Novel)

1942 Men at War (Edited Anthology)

1950 Across the River and into the Trees (Novel)

1952 The Old Man and the Sea (Novel)

Póstumos:

1962 The Wild Years (Compilation)

1964 A Moveable Feast (Novel)

1967 By-Lines (Journalism for the Toronto Star)

1970 Islands in the Stream (Novel)

1972 The Nick Adams Stories

1979 88 Poems

1981 Selected Letters

A sua melhor biografia, traduzida e editada pela Bertrand: Papá Hemingway, HOTCHNER, AE.

Para saber mais...clique AQUI

domingo, janeiro 14, 2007