sexta-feira, novembro 24, 2006

Cinema Paraíso, Phillipe Noiret, o meu avô e eu.


Um dos filmes que mais me comoveu até hoje foi o “Cinema Paraíso”, realizado por Tornatore em 1988. É uma bela história de amor e uma extraordinária sublimação da nostalgia.

Foi precisamente essa nostalgia que me amarrou ao filme, levando-me ao meu tempo de menino e de adolescente.

Eu cresci tendo como um dos meus recreios um cinema inteiro.

O meu avô tinha um cinema.

Tal como o pequeno “herói” do “Cinema Paraíso”, vi muitos filmes da sala de projecção e respirei o mesmo ambiente.

Recordo-me, como se fosse hoje – e tinha eu sete ou oito anos - o meu avô entrar na sala do cinema, sempre no balcão e nunca na plateia – pegar-me pela mão e levar-me para o hall, sempre que nos anúncios dos filmes, que seriam projectados no futuro, aparecia um mais erótico, só me deixando voltar a entrar quando estivesse seguro que tudo o quanto veria “seria próprio para a minha idade”.

Recordo-me, como se fosse hoje, os filmes que eram projectados para mim, para o meu irmão, para os meus primos e todos os nossos amigos, sempre que um de nós fazia anos...

Sem rever a minha vida no “Cinema Paraíso”, revi muitos momentos e sentimentos. Eu senti esse filme...porque também vivi, porque também tive a sorte de ter na minha vida um “cinema paraíso”. Obrigado avô.

Morreu Philippe Noiret, um dos actores principais do filme “Cinema Paraíso”

« Je ne vais jamais au-devant d’un rôle expliquait-il. J’attends qu’on me propose. Cela présente deux intérêts : la jubilation de jouer ce que les autres attendent de vous et une occasion de juger lucidement où l’on en est. »

Alguns dos filmes em que participou este extraordinário actor:

Zazie dans le métro (1960), de Louis Malle.

Tout l'or du monde (1961), de René Clair.

Thérèse Desqueyroux (1962), de Georges Franju.

Le crime ne paie pas (1962), de Gérard Oury.

Cyrano et d'Artagnan (1964), d'Abel Gance.

Les Copains (1964), d'Yves Robert.

La Vie de château (1966), de Jean-Paul Rappeneau.

Alexandre le Bienheureux (1967), d'Yves Robert.

L'Étau (1969), d'Alfred Hitchcock.

La Grande Bouffe (1973), de Marco Ferreri.

L'Horloger de Saint-Paul (1974), de Bertrand Tavernier.

Le Vieux Fusil (1975), de Robert Enrico.

Mes chers amis (1975), de Mario Monicelli.

Que la fête commence(1975), de Bertrand Tavernier.

Le Désert des Tartares (1976), de Valerio Zurlini.

Le Juge et l'Assassin (1976), de Bertrand Tavernier.

Un taxi mauve (1977), d'Yves Boisset.

Tendre poulet (1978), de Philippe de Broca.

Une femme à sa fenêtre (1978), de Pierre Granier-Deferre.

Coup de torchon (1981), de Bertrand Tavernier.

L'Étoile du Nord (1982), de Pierre Granier-Deferre.

Les Ripoux (1984), de Claude Zidi.

Autour de minuit (1985), de Bertrand Tavernier.

Masques (1987), de Claude Chabrol.

Chouans! (1988), de Philippe de Broca.

La Vie et rien d'autre (1988), de Bertrand Tavernier.

Cinéma Paradiso (1988), de Giuseppe Tornatore.

Uranus (1990), de Claude Berri.

1 Comments:

Blogger nana said...

:,o)

3:58 da tarde  

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