segunda-feira, abril 24, 2006

32º Aniversário do 25 de Abril


Trinta e dois anos após o 25 de Abril a Galp teve 442 milhões de euros de lucro.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril o Millennium BCP teve 754 milhões de euros de lucro.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril a Caixa Geral de Depósitos teve 538 milhões de euros de lucros.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril há 430.000 desempregados.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril a pensão média de 796.725 reformados que recebem as pensões mínimas do Regime Geral aumentará apenas 10,21 euros, ou seja, 34 cêntimos por dia, pois passará de 236,05 euros para 246,26 euros. Trinta e dois anos após o 25 de Abril a maioria dos reformados deste grupo receberão apenas 223,2 euros, já que os que recebem este valor representam 59,4% do total.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril o número de reformados que receberão pensões inferiores a 300 euros por mês soma 729.299, ou seja, 91,5% do total. Trinta e dois anos após o 25 de Abril a pensão média englobando a Pensão Social e a dos Agrícolas aumenta apenas 7,05 euros, ou seja, 24 cêntimos por dia. Se considerarmos individualmente cada uma destas pensões, o aumento por mês varia entre 6,7 euros e 8,26 euros por mês, o que é um valor muito baixo Trinta e dois anos após o 25 de Abril menos de 60.000 reformados receberão a chamada pensão extraordinária prometida pelo eng. Sócrates durante a campanha eleitoral para todos os pensionistas que estivessem abaixo do limiar da pobreza, ou seja, que tivessem um rendimento mensal inferior a 300 euros. No entanto, em 2006, trinta e dois anos após o 25 de Abril, mais de 1.100.000 reformados receberão pensões inferiores a 300 euros por mês. Trinta e dois anos após o 25 de Abril, os restantes reformados que recebem pensões superiores às mínimas, que são mais de 1.700.000, verão as suas pensões aumentar apenas em 2,3%.
Trinta e dois anos após o 25 de Abril em 2006, a taxa de inflação aumentará, segundo o Banco de Portugal, em 3% e , segundo o FMI, em 2,5%.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu pensava que já não havia dúvidas quanto à evolução deste País. Aliás, o seu "melancólico" texto bem o afirma: vivemos num País em que as desigualdades aumentam todos os dias – a cada decreto-lei –, um País cada vez mais feito à medida das elites. Afinal, por que é que será que os únicos bens cuja procura aumenta são os artigos de luxo? E nem por isso o número de ricos aumenta. Já o número de pobres...
Naturalmente que os pobrezinhos o que querem é ser como os ricos, e farão tudo por isso, nem que seja esmagar o próximo! Como é que vamos educar os nossos filhos? Ensiná-los a serem chicos espertos ou fdp para assegurar o seu próprio futuro? Ou ensiná-los que a vida é bela e cor de rosa e que todos temos direitos e garantias, para depois apanharem um choque brutal na adolescência?
E no entanto... Os sintomas deste País são os mesmos de sempre, não faltará muito para a revolta chegar à rua, como sempre aconteceu na nossa história e na história da Humanidade.
O escriba

3:39 da tarde  

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